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A batalha pela justiça é diária

Atualizado: 25 de nov. de 2019

A população dos cortiços do centro em busca pela sonhada moradia


Moradora do cortiço vende produtos como fonte de renda (Foto: Bárbara Pitta @baahpitta14)


Vídeo

Roteiro: Ludmila Andrade

Gravação: Giovanna Real

Edição: Larissa Barbosa



Por Gabriel Fomm

O que fazer quando você não tem um auxílio do governo e todas as portas parecem estar mais fechadas pelo preconceito pelas suas condições sociais? A luta contra a desigualdade é diária para a população que mora nos cortiços da região central de Santos, localizado no bairro do Paquetá. Abandonados pelo poder público, os moradores seguem uma batalha constante por seu direito fundamental de possuir uma moradia digna.


Visando sair da situação que atualmente vivem, em meados de 1996, os moradores da região criaram a ACC - Associação dos Cortiços do Centro. A entidade foi o apoio para pressionar as autoridades a cumprirem seu papel de auxílio para alcançar a tão sonhada moradia. Somente treze anos após a fundação, o sonho de uma moradia saiu do papel, quando a Associação conseguiu iniciar o processo de construção de um conjunto habitacional financiado pela Caixa Econômica Federal, por meio do programa Crédito Solidário do Governo Federal. Porém, em 2013 a obra foi interrompida e o sonho das 181 famílias, que até hoje esperam por sua retomada, foi congelado.


Deixar de morar nos cortiços é um sonho que ainda está longe de ser conquistado (Foto: Bárbara Pitta @baahpitta14)


Os moradores da área são todos conhecidos e cooperam entre si para suprir os déficits de ações governamentais, como realizar a retirada de entulhos de vias públicas. E, enquanto sofrem com o desalento da espera pela moradia, a ACC desenvolve projetos para a comunidade visando reverter lucros para a associação, como uma biblioteca e a padaria comunitária.


Nelson Mandela uma vez disse que “lutar contra a pobreza não é um assunto de caridade, mas de justiça” e essa comunidade age em busca de seus direitos de forma organizada e pacífica. A batalha parece não ter fim quando o Estado dá as costas às minorias, mas de conquista em conquista alcançam cada vez mais o que seria um direito básico para todo brasileiro. Os moradores dos cortiços do centro vivem e resistem diariamente unidos para que futuramente sejam tratados de forma justa.



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